domingo, 28 de fevereiro de 2010

´PRINCESA DO NORTE´ Sobral é referência para a história do Ceará.


Outro local turístico da “Princesa do Norte” é a Coluna da Hora, que fica localizada em uma praça da cidade

A história do Ceará passa, obrigatoriamente, pelo surgimento e fundação da famosa “Princesa do Norte”

Fortaleza. “A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós”. A frase da escritora inglesa Jane Austen talvez seja a melhor definição para o município de Sobral, localizado a 230 quilômetros da cidade de Fortaleza e considerada a mais importante da região da Zona Norte do Estado do Ceará.

Por um lado, Sobral é uma cidade que, por suas características aristocráticas e monumentos um tanto inusitados (como o Arco do Triunfo erigido, em 1953, pela passagem da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima por Sobral) gera uma série de mitos sobre si e seus habitantes.

Importantes nomes

Mas, também, é um lugar que pode se orgulhar de ser o berço de nomes importantes como o escritor Domingos Olímpio, o Padre Ibiapina, a abolicionista Maria Tomásia Figueira Lima e, mais recentemente, o pintor Raimundo Cela, o humorista Renato Aragão, o músico Belchior e o político Cid Gomes, atual governador do Estado. Além disso, sediou eventos importantes como a constatação da Teoria da Relatividade de Albert Einstein, por meio de um eclipse lunar observado na cidade, em 1919.

No entanto, a história de Sobral, que detém o singelo título de “Princesa do Norte”, é bem mais antiga e complexa. De acordo com o historiador e padre Francisco Sadoc de Araújo, a ocupação das terras compreendidas entre o Rio Acaraú e a Serra da Meruoca acompanha o típico processo de colonização do interior do Nordeste.

Conforme ele explica, “O Vale do Acaraú é a segunda maior bacia do Ceará, e naquele período era impossível ocupar o sertão sem ter a garantia de uma fonte de água próxima. A proximidade da serra era um atrativo a mais, já que de lá se podia obter frutos, o que já era feito pelos indígenas que ali viviam, predominantemente os Jês”.



Arco do Triunfo foi erigido em 1953, pela passagem da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima por Sobral


Sesmarias

Segundo ele, a região foi dividida em sesmarias, concedidas a portugueses que deveriam ocupar as terras do Novo Mundo. “Teve o Manoel Goes, que perdeu parte das sesmarias por não tê-las ocupado. Ele trabalhava com a criação de gado e trouxe os parentes para cá. Mas foi Félix da Cunha Linhares, no fim do século XVII, que construiu a capela de São José da Mutuca, a primeira da região”. Sadoc de Araújo explica que capelas e igrejas eram outro importante fator de ocupação, já que era na porta dos templos que os juízes afixavam avisos importantes e, ainda, ao redor delas que os moradores formavam as primeiras aldeias.

Igreja Matriz

Por volta de 1720, o sesmeiro Antônio Rodrigues Magalhães formou, na região onde hoje fica Sobral, a Fazenda Caiçara. Fixado inicialmente em Suipé (município de São Gonçalo do Amarante), ele se instala posteriormente na fazenda e doa terreno para a construção de uma igreja em honra à Nossa Senhora da Conceição, que daria origem à Igreja Matriz de Sobral e cuja santa será, também, a padroeira da cidade.

Com o aumento do número de comunidades na Colônia, o rei português, Dom José I, no ano de 1760, lança um edital para que qualquer povoação que alcançasse 50 fogos pudesse se tornar uma vila. “Fogos eram as casas que possuíam cozinha e, portanto, chaminé, sinal de que a família estava ali fixada”, esclarece o historiador. Assim, no dia 5 de julho de 1773, a comunidade formada em torno da Fazenda Caiçara é elevada à vila, chamada de Vila Distinta e Real de Sobral.

“Sobral foi uma das poucas vilas que tinham esse título de Distinta, dado a locais onde só havia brancos”, recorda. Já o nome de Sobral significa abundância de sobreiros, uma árvore de Portugal de cujo tronco se extrai a cortiça, utilizada para engarrafar vinhos e outras bebidas. “Para mim o nome vem da região portuguesa de Sobral da Lagoa, em Portugal, como uma homenagem à terra de muitos dos colonizadores”.

Fidelíssima

Em 1841, Sobral recebe o título de Fidelíssima Cidade Januária do Acaraú, por ter dado apoio político ao então presidente da província do Ceará, José Martiniano de Alencar (pai do escritor José de Alencar), contra uma tentativa de deposição. Porém, três anos depois, a cidade volta a se chamar Sobral.

É a partir do século XIX que Sobral ganha destaque econômico e cultural. Além do proeminente comércio, a cidade fez parte da chamada “civilização do couro”, exportando o produto por meio do Porto de Camocim. É por conta desse comércio que é instalada a primeira estrada de ferro do Ceará. Na segunda metade do século XIX, o desenvolvimento de Sobral chegava a superar o de Fortaleza. “Era pelo Porto de Camocim que chegavam as novidades da Europa, e Sobral experimentava tudo isso primeiro”, comenta o historiador e padre Francisco Sadoc de Araújo.

As famílias mais abastadas tinham acesso à “última moda”: porcelanas, lustres, vestidos, livros, pianos, máquinas de costura, entre outros. Os sobrados eram construídos seguindo a arquitetura de Recife e São Luís, com janelões e azulejos. Em 1877, as corridas de cavalos à moda londrina têm lugar no Jockey Club de Sobral, depois chamada de Derby Club. “Apesar de não ser aceito, este foi o primeiro jockey club do Brasil”.

Atualmente, Sobral se destaca pelo comércio e pela indústria, que fornece produtos como cimento e calçados. O período áureo de abastança já se foi, mas a cidade mantém a aura de imponência e orgulho de sua trajetória e realizações. “Não é uma questão de bairrismo, e sim de orgulho. O sobralense tem essa coisa de sempre tentar ser melhor em tudo. Pode até não ser o melhor, mas se esforça para ser. Mas o fato é que a cidade sempre teve um papel hegemônico, não é problema de vaidade”, defende o historiador Sadoc de Araújo.

LIGAÇÕES AFETIVAS

Orgulho de ser cidadão sobralense



Quem é ou mora na cidade de Sobral, faz de tudo para mostrar o amor e o carinho pela sua terra natal

Fortaleza. Para quem é de fora, a característica mais marcante do sobralense é o sentimento de pertença em relação ao município, que chega muitas vezes a ser visto como exacerbado, quando não um indicativo de arrogância e de pretensa superioridade. Trocando em miúdos, "sobralense se acha", no dizer popular. No entanto, as ligações afetivas formadas entre os habitantes com suas cidades são bem mais complexas do que as máximas do anedotário podem comportar.

"Em qualquer município existe este sentimento de pertença da população, mas, no caso do município de Sobral, isso se tornou uma política pública a partir da mobilização pelo tombamento da cidade, no fim dos anos 90", esclarece Nilson Almino de Freitas, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e autor da tese de doutorado, "O Sabor de uma Cidade: práticas cotidianas dos habitantes de Sobral".

Percepções

Segundo ele, a pesquisa busca identificar as diferentes percepções sobre a cidade de Sobral, principalmente daqueles que vivem na periferia da cidade, e tem como objeto depoimentos orais de quem vive ali.

"No ano de 1995, quando vim de Fortaleza para cá, para trabalhar na Universidade Estadual Vale do Acaraú, uma coisa que me chamou a atenção foi essa ´sobralidade´, que, no entanto, é um conceito indefinido, impreciso. É possível perceber que esse sentimento de pertença se desenvolve a partir do lugar onde as pessoas falam. A relação de uma pessoa que mora no Centro ou que possui gerações da família vivendo aqui é diferente, por exemplo, do sentimento de quem vem de outras cidades ou vive na periferia. Nesses dois últimos casos, mesmo passando a se sentir um integrante do lugar, as ligações com o bairro e a comunidade costumam ser mais valorizadas do que com a cidade", comenta.

Na época também foi iniciada a luta para que o município de Sobral fosse tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o que deu grande visibilidade ao município e também induziu a execução de políticas públicas em prol da preservação, com restaurações e obras de infraestrutura. Porém, as "benfeitorias" realizadas na cidade no período não eram vistas da mesma forma pelos diferentes grupos sociais.

Contraste

O contraste já começa entre as margens esquerda e direita do Rio Acaraú, berço da cidade: da primeira, urbanizada e detentora de equipamentos culturais, como o Museu Madi e a Biblioteca Pública, avista-se no outro lado um bairro de periferia, o Dom Expedito, algo contraditório com a perspectiva de beleza e ordem que se tentava imprimir ao local.

"As obras de urbanização da margem esquerda do Rio Acaraú causaram muita polêmica no período, porque a justificativa da Prefeitura era a de revitalizar o espaço", disse o professor.

De acordo com ele, "antes da urbanização, havia um banco de areia nas margens e a comunidade que vivia ali utilizava o espaço como praia nos fins de semana. As lavadeiras também secavam as roupas no local. Um pai-de-santo que eu entrevistei contou que ele realizava as festas de Iemanjá na margem do rio e não concordava com a ação". Ele ainda questiona, "então, como revitalizar um espaço que era, de fato, utilizado?".

Insistência

Mesmo depois das obras, muitas lavadeiras insistem em secar as roupas no local, onde hoje há um verde gramado. E os canoeiros, com suas rústicas e simples embarcações, continuam a fazer o transporte de pessoas entre as margens do rio parcialmente perenizado, dividindo espaço com os jet-skis.

Para Nilson de Freitas, apesar das obras terem buscado contemplar a cidade como um todo, não é difícil identificar dois tipos distintos de política para o Centro e para os bairros. "No Centro, percebe-se uma preocupação com a preservação dos sobrados, dos prédios antigos e das igrejas. Na periferia, o foco é no saneamento e na organização das ruas. Não que essas ações não sejam importantes, mas e a preservação? No Bairro Terrenos Novos, existe o Açude Mucambinho, que foi construído na mesma época que o Açude Cedro como parte de ações de combate à seca de Dom Pedro II. Apesar disso, o açude não foi tombado e não há qualquer indicação da importância daquele local", lamenta o professor.

Polêmica

Outra polêmica envolveu uma das principais praças do município de Sobral, que foi reformada e ganhou novo nome. Conhecida popularmente como Praça da Meruoca, onde funcionou por muitos anos um comércio de ambulantes, a Praça General Tibúrcio foi transformada, no final de 2004, em Praça de Cuba, fruto de um Convênio de Cooperação Cultural e Científico celebrado entre Sobral e a província de Havana. Segundo Nilson, muitas pessoas criticaram a mudança de nome da praça. Dizia-se então que um herói nacional, filho da terra (General Tibúrcio nasceu em Viçosa do Ceará, estudou na "Princesa do Norte") seria preterido por um estrangeiro, no caso o poeta cubano José Martí, que ganhou uma grande escultura no centro da praça.

Para o professor da UVA, "todos esses casos demonstram que o sentimento em relação a uma cidade é bem complexo e que não há um consenso sobre essa pertença".


"ARQUITETO DE SOBRAL"
Dom José ajudou no crescimento

Fortaleza. Se Juazeiro do Norte tem o Padre Cícero como referência tanto religiosa quanto para a formação da cidade, em Sobral este papel coube a dom José Tupinambá da Frota. Primeiro bispo de Sobral, dom José foi responsável pela expansão e desenvolvimento da cidade a partir da introdução de equipamentos de cunho educacional, cultural e social, sendo ainda hoje bastante lembrado pelos sobralenses como o "arquiteto de Sobral".

Representantes de dois modelos distintos de atuação da Igreja Católica na formação do espaço urbano (originando, por conta disso, uma disputa de primazia entre os dois municípios que perdura até os nossos dias), a trajetória dos dois religiosos é objeto de estudo de "Cidades Sagradas: a Igreja Católica e o Desenvolvimento Urbano no Ceará (1870-1920)", tese de doutorado do historiador e professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Agenor Soares e Silva Júnior.

Para Agenor Soares, além do aspecto econômico, a formação das cidades cearenses está muito ligada à atuação da Igreja Católica, já que muitas concentrações populares se formavam em torno dos templos religiosos. "Antes de dom José assumir a Diocese, já havia uma forte presença religiosa na Região Norte, principalmente de padres seculares (que não são ligados a uma ordem ou congregação). Ele representa, portanto, uma Igreja que busca se reorganizar diante da introdução do Estado laico, e que passa a atuar sob a estrita tutela de Roma. Bem diferente do Padre Cícero, que exerce uma liderança vista então como independente", pontua ele.

Segundo o historiador, à época dos "milagres do Padim" e da fundação de Juazeiro, dom José Tupinambá defendia com veemência o fim do que considerava um reduto de fanáticos e que poderia vir a se tornar uma nova Canudos, em referência à cidade fundada pelo beato Antônio Conselheiro, na Bahia. Em contraposição a um movimento de religiosidade popular, o bispo investiu na expansão da cidade a partir de uma visão europeizada, um "mini Vaticano", segundo a expressão daqueles que conviviam com o bispo à época. "Há um redimensionamento da cidade, que passa a crescer para os lados da Lagoa da Fazenda, que foi parcialmente aterrada para dar caminho ao Seminário São José, e a Santa Casa, que fica do lado oposto. Não foi difícil, já que Sobral já tinha uma característica mais aristocrática. Houve um tempo em que os recursos da Diocese de Sobral eram maiores que os da própria Prefeitura", comenta Agenor Soares.

Apesar de nunca ter participado formalmente da vida política, dom José sempre teve uma forte influência nos rumos do município e conseguiu, inclusive, fazer prefeito o afilhado, padre José Palhano de Saboia. "Padre Cícero foi o primeiro prefeito de Juazeiro, mas estava mais preocupado com a questão religiosa do que com a administrativa. Os romeiros que passaram a ocupar e viver em Juazeiro é que deram a feição atual da cidade. Em Sobral, essa expansão foi mais dirigida a partir das instituições que ele fundou". E mesmo com o caráter filantrópico de várias delas, percebe-se que é uma política voltada para o controle social, promovendo uma cultura para os "de cima".

Opositores não foram muitos, mas pelo menos um deles deu dor de cabeça ao bispo: o jornalista Deolindo Barreto Lima, que atacava a Diocese e os inimigos políticos por meio do jornal "A Lucta". O jornal chegou a ser boicotado pela Diocese e seu diretor acabou sendo assassinado em 18 de junho de 1924 por inimigos políticos. "Na verdade, a questão entre dom José e Deolindo Barreto era mais política do que pessoal, já que este era do Partido Democrata e anticlerical convicto. O fato é que dom José conseguiu imperar e manter sua posição até a morte. Os demais bispos que o seguiram não tiveram a mesma importância para os sobralenses", finaliza.


Fique por dentro
Obras do religioso

Filho de uma família abastada, dom José nasceu no dia 10 de setembro de 1882. Estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, onde recebeu o grau de Doutor em Teologia e Filosofia em 1902, com apenas 20 anos de idade. Antes de se tornar bispo (a Diocese de Sobral foi criada em 1916), foi vigário da cidade durante oito anos. Permaneceu no cargo até a morte, em 1959. Durante seus 43 anos de bispado, trabalhou principalmente na fundação de instituições e obras de beneficência, como o Seminário Dom José (que deu origem à UVA), os colégios Sant´Ana (para moças) e Sobralense (para moços), a Santa Casa de Misericórdia, o Museu Diocesano, o Abrigo Coração de Jesus (para idosos), além de veículos de comunicação como o jornal Correio da Semana (jornal mais antigo do Ceará em atividade) e a Rádio Educadora de Sobral.


Fonte: Jornal Diário do Nordeste

Um comentário:

SOS DIREITOS HUMANOS disse...

DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA...



"As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
têm direito inalienável à Verdade, Memória,
História e Justiça!" Otoniel Ajala Dourado



O MASSACRE APAGADO DOS LIVROS DE HISTÓRIA


No município de CRATO, interior do CEARÁ, BRASIL, houve um crime idêntico ao do “Araguaia”, foi o MASSACRE praticado pelo Exército e Polícia Militar do Ceará em 10.05.1937, contra a comunidade de camponeses católicos do SÍTIO DA SANTA CRUZ DO DESERTO ou SÍTIO CALDEIRÃO, cujo líder religioso era o beato "JOSÉ LOURENÇO GOMES DA SILVA", paraibano de Pilões de Dentro, seguidor do padre CÍCERO ROMÃO BATISTA, encarados como “socialistas periculosos”.



O CRIME DE LESA HUMANIDADE


O crime iniciou-se com um bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como metralhadoras, fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram na “MATA CAVALOS”, SERRA DO CRUZEIRO, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como juízes e algozes. Meses após, JOSÉ GERALDO DA CRUZ, ex-prefeito de Juazeiro do Norte/CE, encontrou num local da Chapada do Araripe, 16 crânios de crianças.


A AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA SOS DIREITOS HUMANOS


Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará é de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO é considerado IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira e Acordos e Convenções internacionais, por isto a SOS DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - CE, ajuizou em 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo: a) que seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) a exumação dos restos mortais, sua identificação através de DNA e enterro digno para as vítimas, c) liberação dos documentos sobre a chacina e sua inclusão na história oficial brasileira, d) indenização aos descendentes das vítimas e sobreviventes no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos



A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO


A Ação Civil Pública foi distribuída para o Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, para a 16ª Vara Federal em Juazeiro do Norte/CE, e lá em 16.09.2009, extinta sem julgamento do mérito, a pedido do MPF.



AS RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5


A SOS DIREITOS HUMANOS apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife/PE, argumentando que: a) não há prescrição porque o massacre do SÍTIO CALDEIRÃO é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do CZAR ROMANOV, que foi morta no ano de 1918 e a ossada encontrada nos anos de 1991 e 2007;



A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA


A SOS DIREITOS HUMANOS, igualmente aos familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, pelo DESAPARECIMENTO FORÇADO de 1000 pessoas do SÍTIO CALDEIRÃO.


QUEM PODE ENCONTRAR A COVA COLETIVA


A “URCA” e a “UFC” com seu RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR) podem localizar a cova coletiva, e por que não a procuram? Serão os fósseis de peixes do "GEOPARK ARARIPE" mais importantes que os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO?



A COMISSÃO DA VERDADE


A SOS DIREITOS HUMANOS busca apoio técnico para encontrar a COVA COLETIVA, e que o internauta divulgue a notícia em seu blog/site, bem como a envie para seus representantes no Legislativo, solicitando um pronunciamento exigindo do Governo Federal a localização da COVA COLETIVA das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO.


Paz e Solidariedade,



Dr. Otoniel Ajala Dourado
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br

Um canal de divulgação da politica, esporte, cultura e história do Ceará e do Nordeste.

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